Há muitas formas de dor
e esta assume formas e proporções em cada um,
variando com as circunstâncias,
para além do próprio.
Dizem que a Dor é necessária,
faz parte do crescimento
e sem ela viveríamos num estado pantanoso,
sem evolução ou crescimento.
Será?
Que aconteceria com a abolição planetária da referida?
Já pensaram?
Eu assumo: Não gosto de dor,seja física, emocional ou imaginária.
Não gosto, pronto!
E quem disse que a vida é como gostamos ?
Para além das divagações existenciais,
a dor é verdadeira,
real,
tanto como o mundo ou o 'eu'.
Sente-se, somatiza-se, inibe, protege...existe,
para além de fazer com que a ausência dela seja desejável e possa conduzir à loucura.
Os sofrimentos maiores têm nascente em dores improváveis.
Por exemplo, dói-me imenso a viagem de músicas associadas a sentimentos, pessoas, lugares ou datas.
Bastam uns pequenos acordes,
(até posso estar descontraída)
'daquela' melodia ou tema
e a mente, o corpo doem como se a morte me espreitasse.
O desconfortável faz procurar o prazer,
o deleite, a satisfação no seu todo.
Quando a intensidade ultrapassa a escola do razoável ou suportável,
há tendência para o refúgio de alegrias de momento,
cavernas onde podem habitar dores maiores.
Há que tomar consciência,
sentir,
aceitar
...a dor...
sob pena de vivermos
na lei do medo.