Há quem fuja do vazio,
quem o procure,
quem o receie,
quem o busque.
Há sempre pessoas para tudo, costuma dizer-se.
O vazio significando o nada, a ausência, o oposto do cheio, da plenitude, parece desmotivador e a evitar.
Contudo, se pensarmos no cheio como atafulhamento, transbordo e até saturado,
será assim tão mau?
Onde há espaço há a possibilidade de preenchimento, de abertura ao novo, ao desconhecido.
E neste equilíbrio se pratica a difícil arte da existência.
Há quem se deprima no vazio,
há quem se transcenda nele
e por ele.
Naturalmente, o medo é-nos natural, faz-nos ter consciência e prestar atenção a nós, ao mundo, é questão de sobrevivência.
Quando o vazio se instala na realidade ou na mente pode surgir o temor,
seguido da desconfortabilidade
que se procurará eliminar em atulhamento
nem sempre saudável e necessário.
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